para que não haja sonhos em vão
há os lábios que abraçam às vidas
os desejos que sugam as feridas
aos olhos sujos da sua solidão
as verdades e as suas mentiras são
um bailado de larvas bem tecidas
em honra de palavras mal vestidas
que circulam no caos do alcatrão
choques entre a natureza humana
e o frio glaciar da falência urbana
fantasmas que povoam os cemitérios
onde ululam os abutres sérios
que pululam nos ritos mais etéreos
p´ra celebrarem a farsa mundana.
Centro Cultural de Belém, 29/11/2009 - Jorge Brasil Mesquita
P.S. Espero que tenham percebido que o título "Abutres Sérios" é uma ironia. Um abutre é sempre um abutre, senão nunca será um abutre a sério...
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
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